Com informações da EBC Brasil
A quinta morte devido à suposta intoxicação provocada pelo consumo de cervejas da empresa mineira Backer foi confirmada nesta segunda-feira. A vítima é João Roberto Borges, juiz titular da 28ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho em Belo Horizonte. Ele tinha 74 anos e estava internado no hospital Madre Tereza, também na capital mineira. O Instituto Médico Legal vai analisar o corpo do juiz para saber as possíveis causas da morte.
Assim como João Roberto, pelo menos 29 pessoas apresentaram os sintomas de intoxicação por dietilenoglicol ou monoeltilenoglicol, produtos encontrados pela Polícia Civil em amostras de cervejas e na linha de produção da Backer. Entre os sintomas estão insuficiência renal rápida e alterações neurológicas, como paralisia facial, borramento visual e perda de visão. Exames acusaram a presença de dietilenoglicol no sangue de ao menos três pacientes.
Devido às suspeitas de intoxicação, a cervejaria foi interditada e os produtos não podem mais ser vendidos. Até o dia 28 de janeiro, o Ministério da Agricultura já havia identificado 41 lotes da cerveja Backer com a presença de substâncias tóxicas. O órgão apura responsabilidade administrativa da cervejaria.
Desde o início do surgimento dos casos, a cervejaria nega usar o dietilenoglicol ou monoetilenoglicol em seus produtos. A Polícia Civil mineira instaurou um inquérito para investigar eventual responsabilidade criminal pelo caso.